ANA PAULA SILVA ALVES ARIANA APARECIDA REZENDE CARLOS THIAGO DE ARAÚJO ERIKA MASCARENHAS ANDRÉ JOSÉ RODRIGUES DE ANDRADE FILHO PRISCILA GUIMARÃES MENDONÇA
Apresentação da Tribo Gótica Histórico A data de origem pode ser estabelecida em 1979 quando a banda Bauhaus lançou a canção "Bela Lugosi's Dead." A banda pretendeu originalmente que a canção fosse uma gozação, porém, muitos fãs adotaram esse som tímido e misterioso como inspiração para a embrionária subcultura gótica. A primeira geração do movimento gótico emergiu principalmente no Reino Unido no final dos anos setenta e início dos oitenta, como um fragmento do movimento punk. A música punk dava seus últimos suspiros enquanto esta mutação sombria e introspectiva ganhava impulso. Bandas como The Damned, Bauhaus, e Siouxsie and the Banshees caracterizam a primeira geração. Essas bandas foram chamadas de góticas posteriormente, mas a maioria não se considerava gótica na época. Há muita dúvida sobre quem cunhou o termo “gótico" e como ele foi vinculado a esta música dark. A imprensa musical britânica parece ter sido a maior responsável pela disseminação do rótulo. No início dos anos 80, o movimento gótico prosperou com bandas como Sisters of Mercy na vanguarda. Porém, da metade para o final dos 80, o movimento migrou. No final dos oitenta e início dos noventa, uma nova, segunda geração de bandas góticas emergiu para dar nova vida à cena. Elas se caracterizaram como sendo as primeiras a chamarem-se regularmente de Góticas. Exemplos incluem The Shroud, Rosetta Stone, e London After Midnight. Este é o período em que o movimento gótico americano cresceu significativamente, e o Estilo Gótico se tornou reconhecido como uma subcultura distinta. Neste período, música e cultura gótica cresceram e ampliaram-se em várias categorias, ultrapassando os limites do que previamente era considerado Estilo Gótico. Atualmente, o interesse popular na subcultura gótica é aparente. Muitos dos motes da cultura gótica foram canalizados para a cultura popular, como os interesses na estética dark e sobrenatural. Historicamente, uma aura dark prevalece nas passagens dos séculos. Nesta última, a aura foi mais pronunciada por ser passagem do milênio. Ao atingir idades entre 25 e 30 anos, os integrantes da segunda geração normalmente acabavam perdendo interesse em participar da cena gótica. Uma terceira geração então surgia no final dos anos 90 para dar forma ao futuro do movimento gótico. A terceira geração representa uma explosão na quantidade de pessoas que se consideram góticos. Muitos deles aprenderam sobre cultura gótica através da própria mídia em torno do assunto. A enorme popularidade "shock rock” de Marilyn Manson lançou os refletores sobre esta subcultura. Marilyn Manson é muito mais parecido com o heavy metal teatral de Alice Cooper do que a desolação misteriosa de Bauhaus. Muitos góticos desejariam desassociarem-se dos mais jovens, ardentes seguidores de Manson, que parecem vestir-se e atuar como ele por puro choque de rebeldia. A primeira e segunda gerações góticas lançam um olhar suspeito sobre a nova geração, duvidando de sua autenticidade e repugnando a exposição que eles dão a uma subcultura que eles prefeririam permanecer subterrânea. A nova geração não foi exatamente bem recebida por seus anciãos. Seria difícil predizer o que o futuro reserva para o movimento gótico. Depois de mais de 20 anos, ele continua a mudar, crescer, alterar-se e adaptar-se, transformando-se numa das mais antigas subculturas jovens existentes. Perfil Na tribo dos góticos não há uma idade certa como padrão. Podemos encontrar adolescentes e adultos de ambos os sexos. A classe social também varia, não existe nenhuma regra que classifique a classe social dos membros dessa tribo. Os góticos adotam uma estética andrógena, teatral e obscura para representar seu verdadeiro sentimento, um apego ao nada, uma falta de esperanças, algo do tipo "cansei, sabe?", não uma depressão ou melancolia, apenas um descaso, um luto pela situação da humanidade, ouvir suas músicas com temáticas hedonistas, decadentistas, niilistas, ligadas sempre às suas raízes já citadas e dançar em casas noturnas ao som de EBM, Synth e Darkwave. A grande maioria dos integrantes tem fundamentalmente um gosto musical e uma maneira específica de se vestir, gostam geralmente de se vestir com roupas pretas, unhas pintadas de pretos e ainda há outros que preferem se vestirem como na época medieval com muitos babados. Não há envolvimentos intelectuais e filosóficos mais aprofundados. Góticos não se prendem a depredar cemitérios ou beber sangue de seus amigos. Podem ora mostrar, a luz, ora as trevas, um complementa o outro, um verdadeiro gótico sabe disso. Concentrar-se em conviver e se aprofundar em seus problemas ( e não em fugir pelo suicídio), góticos não são depressivos, não se referem à subcultura como Goticismo, não usam somente preto e se freqüentam cemitérios é pela temática do mistério de morte e vida, pelo apreço pela arte também. Mais realistas do que se pensa, ser gótico hoje em dia representa também repugnar todo o estéreotipo negativo criado em torno de sua figura. E com todo o seu sarcasmo, rir e continuar a dançar.
Os góticos em relação à comunicação A cultura gótica não consiste exatamente em um mundo depressivo cheio de lágrimas, mas sim em um mundo obscuro, profundo, no qual há sentimento, mágoas, rancor, amores, paixões, delírios, loucura e até mesmo razão. No ponto de vista de muitos, a cultura gótica são apenas pessoas que se vestem de preto, ficam durante a noite dentro de um cemitério e que escrevem coisas depressivas. Porém isso é apenas um rótulo, seria o mesmo que alguém dizer que no Brasil, tem carnaval o ano inteiro. Grande parte das pessoas não conhecem, e por não conhecerem, acabam criando algumas barreiras diante do desconhecido. Por medo, acabam sendo preconceituosas e imaginando o que não existe. Geralmente podemos identificar um gótico pelo modo que se vestem. Um estilo peculiar, onde roupas pretas, unhas e cabelos compridos são marca registrada dessa tribo. As tatuagens também estão presentes, mas não é regra. O cemitério é um lugar onde podemos, talvez, encontrar membros dessa tribo. Eles acreditam que esse lugar é ótimo para a introspecção, onde podem refletir melhor e sentirem-se em paz. Mas ao contrário do que muitos pensam, esse tipo de comportamento, não está relacionado ao culto do suicídio, o que não faz parte da cultura dos góticos. A Internet tem servido atualmente para divulgar essa cultura, possibilitando uma grande troca de informações. No Orkut é possível encontrar comunidades com cerca de vinte mil membros, que discutem assuntos em comum. Eles se reconhecem, tornam-se amigos e ainda divulgam eventos. Os góticos não rejeitam a tecnologia, e a utilizam como qualquer pessoa que não faça parte dessa tribo. O metalúrgico Rodrigo Quintaneiro, 24, diz que "ser gótico é encontrar, e cultivar em si a essência que tende à solidão, ao noturno, sombrio". Ele é um dos responsáveis pela produção do site Spectrum Gothic, dedicado a informar sobre cultura gótica e assuntos relacionados. O universo dessa tribo urbana pode ser encontrado em diversos meios de expressão, porém não é tão fácil encontrar alguém dessa tribo, ao menos que se procure em locais voltados para esse segmento. "Enquanto a maioria dos movimentos sócio-culturais (ou tribos urbanas) busca a exposição, socialização e o consumismo, o movimento gótico se opõe. Os góticos preferem a solidão, evitam se expor e não são adeptos do consumismo massificado", afirma Rodrigo Quintaneiro. Segundo o DJ Cid Vale Ferreira, do site Carcasse - Comunidade Virtual da Arte Obscura, o gótico paulista não mantém os traços do gótico inicial. Em eventos como o RIP, que ocorre quinzenalmente no bar Salamandra (casa noturna localizada no Bairro de Pinheiros em São Paulo) o movimento sobrevive basicamente pela sociabilidade desse pessoal, pois ocorre uma troca muito grande de informações. Bandas como Bauhaus e The Cure, escritores como Edgar Allan Poe e Lord Byron, fazem parte da cultura dessa tribo. "A arte anda junto com o gótico, enfim, muitas coisas fora da compreensão humana e que causam fascínio pelo obscuro", diz Bárbara Thompson a respeito das formas de expressão góticas. "Meu trabalho mescla, basicamente, cultura pop às coisas mórbidas, macabras. Sempre trabalho a partir do preto e depois parto para outras cores. Uma referência muito forte são pessoas fossilizadas. Uso muito materiais que se aproximam do fóssil", declara o ilustrador, artista plástico e cineasta Victor Hugo Borges. Ele afirma que ideologia é falsa, pois é algo totalmente mutável. "Isso pode ser comprovado pela história da arte: os renascentistas usavam o termo gótico para descrever a arte bárbara; no século XVIII, o gótico passou a ser sinônimo de literatura de horror, no século XX, está muito ligado ao cinema de horror; que depois absorveu a estética de horror clássica do século XVIII", afirma Cid Vale Ferreira, a respeito das transformações pelas quais o termo gótico já passou. A música e a arte são muito presentes nessa tribo e iremos relatar isso em tópicos separados a seguir.
Música Quem nunca apreciou uma boa música clássica? Música gótica, música clássica, você sabe qual a diferença entre as duas? Apenas as letras das músicas! A música gótica tem muita influência de música clássica, vocais clássicos, tenores, sopranos, enfim, vocais maravilhosos, violinos, violãocelos, pianos, orquestras, e muito mais! E quanto às letras? Falam de coisas inteligentes (muito ao contrário de outros estilos musicais que só sabem explorar o corpo feminino e descrever o que você deve fazer pra dançar a música) a música gótica, entre vários dos seus temas, fala muito sobre o amor, mas de forma profunda, e não hipócrita, falam sobre temas ocultos, histórias, mitologia, deuses, vida, morte, enfim, fala de coisas diferentes (o que hoje em dia, é raro). Muitas vezes, a música gótica também usa guitarra, tornando-se então, o famoso Gothic Metal. A história da música gótica, vem desde os anos 70, com o surgimento de bandas como Bauhaus, The Cure, The Cult, Joey Division, chegando ao que temos hoje, bandas de altíssima qualidade como Lacrimosa, Therion, e muitas outras.
Obras de Arte A cultura gótica, não se destaca somente pela arquitetura e pela música de altíssima qualidade, mas outro detalhe que nos chama atenção são as obras de artes de artistas góticos. Ao ver uma de suas pinturas, quem nunca parou para imaginar: o que será que este artista estava pensando para desenhar isso? O que se passava em sua vida? O que este desenho significa? Estas são perguntas que sempre, mesmo contra nossa vontade, vêm em nossas mentes, ao verem obras de tal impacto. Você deve estar se perguntando: impacto por quê? Simplesmente, porque a maior parte dos artistas, sempre fazem quadros, desenhos, com cores cheias de vida, desenhos de plantas, animais, pessoas, cidades, santos, ou então, abstratos, e os artistas góticos, em sua maioria, desenham com cores tristes, neutras, desenhos de almas, de morte, cemitérios, igrejas, templos, pensamentos, horror, até mesmo os desenhos abstratos góticos, nos causam impacto. Os artistas góticos, da mesma forma que qualquer outro tipo de artista, desenham o que sentem, o que vêm, o que enxergam do mundo que existe e que vivem. Em sua maioria, não tentam fazer obras bonitas com o intuito de agradar aos outros, nem mesmo de vendê-las, mas sim, com o intuito de agradar a si próprio, de expressar o que sentem e o que enxergam, afinal, se quisessem vendê-las, fariam desenhos "alegres" de coisas que nunca sentiram, não passaria de uma obra falsa. Pouco se tem a comentar sobre as obras góticas, pois os artistas góticos são muito desconhecidos, são muito isolados deste mundo, infelizmente, e por este fato, não se há muitos vestígios de obras plásticas do goticismo.
Esculturas As esculturas góticas, sempre presentes em todo o mundo, em todos os cemitérios, como enfeites para os mais diversos túmulos. Quem nunca admirou uma estátua de algum anjo, ou algo em algum túmulo? São todas tão lindas, cheias de encantos, detalhes de ótimo acabamento, entre outros atributos. As esculturas góticas, devido à sua estética, e até mesmo, à sua "tristeza de expressão" são sempre as favoritas para se despedir de algum parente ou ente querido que faleceu. Devido a esta arquitetura tão linda, em junção com um lugar pacífico, que é o cemitério, junto de uma paisagem bonita e um ambiente calmo, os góticos, em sua maioria, gostam dos cemitérios e devido a isto, passam a ser julgados, recriminados e até mesmo, aos olhos da sociedade, passam a ser obcecados pela morte, e existem até mesmo, pessoas que por falta de informação, pensam que os góticos gostam de matar outros, o que na realidade, não é verdade. Os góticos gostam apenas da paz e tranqüilidade que sentem neste ambiente, já que em outros ambientes, devido às coisas que acontecem e até mesmo devido às pessoas, não conseguem ficar tranqüilos. Uma coisa é certa: se um gótico quer tanto à morte, não é porque ele é um problemático, mas sim, porque as pessoas fizeram algo de muito ruim pra este, pois um gótico também tem sentimentos como qualquer um.
Literatura Literatura gótica, muita gente pensa nunca ter ao menos lido, mas aí se engana. Quem nunca leu ou estudou na escola Álvares de Azevedo? A literatura gótica, é muito conhecida como 2ª fase do romantismo brasileiro, pois tanto o romantismo como o goticismo, falam da morte, da salvação, da paz, do alívio através da morte, todos falam de decepções, tristezas, agonias, enfim, da realidade de cada um. Outra característica muito marcante da literatura gótica são assuntos como o medo, a solidão, a tristeza, enfim, a literatura gótica mostra tudo o que os outros estilos literários não mostram: o lado depressivo e decadente da alma humana.
Análise das técnicas de comunicação Os góticos são pessoas bastante introspectivas e mais afastadas do mundo externo do que os demais. Gostam de solidão, e não se interessam por assuntos comuns. Apreciam o silêncio e o quieto, o que exclui a possibilidade de utilizar a técnica da Repetição Nauseante. O Slogan também não é uma boa alternativa, apesar de ser impactante. Os góticos não gostam de ser rotulados, e um slogan deixaria claro esta ação. Poderiam se sentir expostos. O Testemunhal foge aos padrões comportamentais da tribo, pois os góticos são reservados, não gostam de se exibir. Seria algo diferente dos costumes praticados por eles. A técnica de Efeito Dominó não surtiria muito efeito, pois a intenção não é lançar uma nova moda na sociedade, mas sim divulgar a real essência da tribo e mudar o conceito de satanismo e depressão que a maioria das pessoas tem a respeito do goticismo. A técnica do Apelo à Autoridade foi à melhor alternativa encontrada pelo grupo. Alguém que tenha poderes o suficiente para chamar a atenção da massa impondo a idéia, fazendo com que os góticos se sintam apoiados e compreendidos sem, contudo, ofende-los. Seria o caminho ideal para realizar a comunicação para essa tribo. Poderia ser utilizada imagens de escritores, como Anne Rice, autora de diversos livros de terror e mistério, como O Vampiro Lestat, seu livro mais famoso, e Al Jourgensen, ex-vocalista da banda gótica Ministry.
Análise dos veículos de comunicação em relação à tribo Análise de veículo de comunicação para comunicar com os góticos Televisão: por se tratar de uma tribo que é distante do mundo que o cerca, a televisão não é uma boa alternativa, uma vez que a televisão é um veículo de massa no qual raramente transmite assuntos referentes ao mundo gótico. Rádio: O rádio seria eficiente se transmitisse estilos musicais apreciados pelos góticos, o que não é o caso de Uberaba. Assim, não atingiríamos o público desejado, uma vez que os góticos não se interessam pela programação das rádios com maior audiência. Outdoor: A colocação de placas de outdoor próximas aos locais freqüentados pelos góticos seria uma alternativa a ser considerada, mas descartamos essa alternativa uma vez que os góticos não gostam muito de exposição e isso poderia ser considerado um confronto com os mesmos. Revista: A criação de revistas temáticas é uma boa alternativa para a comunicação com a tribo gótica, pois abordaria temas específicos e de interesse do público gótico. Nessas revistas, poderíamos abordar assuntos como moda, música, lazer e entretenimento. Jornal: A abordagem a respeito do jornal se aplica à mesma da revista. Jornais temáticos poderiam surtir efeito, se distribuídos nos locais certos. Mídias alternativas - internet: O desenvolvimento de blogs e sites que divulgam assuntos de interesse da tribo pode gerar bons resultados se aliado à divulgação em outras mídias, como o outdoor e a revista temática, onde seriam divulgados os endereços eletrônicos.
Análise de veículo de comunicação para divulgar a tribo dos góticos • Televisão: esse meio atinge vários públicos de uma vez só, reunindo mais de uma pessoa. Podendo transmitir imagem e som por esse veículo ficaria mais fácil mostrar para a sociedade como realmente essa tribo se comporta. • Rádio: seria uma boa alternativa, uma vez que é um veículo de boa aceitação pela massa. Assim, poderíamos fazer uso de spots, onde a mensagem seria falada sobre um fundo de músicas góticas conhecida, como My Immortal, de Evanescense. Não recomendamos o uso de jingles, pois pareceria melancólico. • Outdoor: não é uma boa alternativa, pois a mensagem transmitida nesse tipo de veículo deve ser simples e objetiva, o que poderia causar algumas dúvidas sobre a tribo. • Jornal: uma matéria com integrantes da tribo poderia ser um bom meio para desmistificar o que realmente a tribo é. Sabemos de caso que um jornal da cidade publicou uma matéria enganosa fazendo a “fama” de maus dessa tribo. Muito integrantes foram até perseguidos pela policia por um tempo. • Revista: Não seria viável. Não existem muitas revistas com boa circulação sendo produzidas em Uberaba, e os custos para divulgação em revistas como Veja e Época não trariam retorno compensatório. • Mídias alternativas: a internet, por exemplo, já vem sendo forte veículo para divulgar essa tribo. Existem muitos blogs explicando origem, religião, comportamento e filosofia dessa tribo, existem várias comunidades no Orkut que, também, explicam fatores importantes.
Conclusão Para divulgar de forma que não confronte com a filosofia dos góticos, escolhemos fazer uma revista temática. Assim a população poderá conhecer como essa tribo se comporta e o que pensam de forma correta. E, ao mesmo tempo, não expomos a tribo, uma vez que os góticos não gostam de aparecer. Além da revista impressa que poderá ser comprada em supermercados ou em bancas de revista, fizemos um blog da produção da revista, para aqueles que preferem a internet para buscar informações.
ANA PAULA SILVA ALVES ARIANA APARECIDA REZENDE CARLOS THIAGO DE ARAÚJO ERIKA MASCARENHAS ANDRÉ JOSÉ RODRIGUES DE ANDRADE FILHO PRISCILA GUIMARÃES MENDONÇA
Qual a concepção psicossocial de identidade empregada pela mídia?
A mídia muitas vezes tenta reeducar o ser humano, induzindo-o e persuadindo-o a ter uma identidade psicossocial consumista. Ou seja, ter um comportamento físico e mental frente à sociedade, de acordo com os padrões ditados pela mídia. Utilizando, para isso, do controle da subjetividade humana, proibindo a nível consciente, porém, incentivando e impondo certas atitudes no subconsciente.Podemos usar como exemplo as diversas propagandas que induzem, subjetivamente, o público ao consumo de bebidas alcoólicas. Nesses comerciais são construídos ambientes que despertam o desejo do público a consumir o produto e, muitas vezes, utiliza-se nesse contexto a figura de pessoas famosas e bonitas. Nesse caso, a concepção psicossocial que a mídia adota é o de induzir o consumo subjetivamente atingindo o subconsciente e despertando o desejo. Mas de uma forma consciente e discreta inibe esse consumo, colocando no fim de cada comercial, frases do tipo “Beba com moderação”.Na comunicação entre a mídia e o indivíduo a mensagem transmitida de forma explícita pode ser uma, porém, na forma com que essa mensagem é transmitida, no seu contexto, pode estar implícita uma mensagem totalmente contrária à primeira.Podemos concluir então, que a mídia funciona como uma música hipnótica e que encontra multidões de dançarinos dispostos a seguir o seu ritmo frenético e nada ingênuo.
Sistema de Caucus: Entende-se como um encontro entre eleitores que estão registrados com uma determinada preferência eleitoral, reunindo-se em grupos de dimensão variável, para discutir em quem devem votar. Os eleitores reúnem-se em vários locais, nos quais debatem e se dividem em “grupos de preferência”, segundo o candidato em que pretendem votar, escolhendo os delegados pelo sistema de braço no ar. Isto culmina na escolha de delegados, que participam mais tarde em reuniões a nível distrital, que elege novos delegados para uma convenção a nível estadual, escolhendo esta os delegados para a Convenção Nacional do Partido. Isto acontece no Iowa, no Novo México, Dakota do Norte e Virginia.
Prebenda: Padre que pertence à direção ou administração de uma igreja, geralmente de uma catedral ou basílica. Pessoa que vive à farta e com pouco trabalho.
Sistema de despojos: Entre 1829 e 1837 o governo de Andrew Jackson iniciou uma nova orientação político-partidártia, representada pelo Partido Democrático, que estava ligado aos interesses dos latifundiários do Oeste e do operariado do norte. Conhecida na história como "era Jackson", essa fase, foi marcada por perseguições e expurgos de elementos que pertenciam a governos anteriores, processo que ficou conhecido como "sistema de despojos".
Whip: É um nome dado para a pessoa que contrata, convoca profissionais para lidar com a política em si.
Pároco: Sacerdote encarregado da direção espiritual de uma paróquia.
Agente eleitoral: que garantia eleições imparciais.
Diletante: Amador de uma arte. O que é entendedor apaixonado de uma arte ou a ela se dedica por gosto.
Recipiendário: Indivíduo que é solenemente recebido numa corporação. Que ou aquele que tem de receber qualquer coisa.
Espólio: Bens que ficam por morte de alguém ou despojos de guerra.
Cimo: Cume, cima, alto.
Séquito: Cortejo; seguimento; acompanhamento ou popularidade.
Ensaio de Sociologia Livro: A política como vocação
Inglaterra 1-) Parlamento 2-) Partidos 3-) Líder Whip 3.1-) Whip (Acordos entre deputados e burgos e convocar os membros do partido para reuniões) 4-) Agentes eleitorais (Controlar de gastos das campanhas e garantir eleições imparciais) 5-) Caucus 5.1) Reunião de grupos com determinadas preferências (Comitês Eleitorais) 5.2) Formação de distritos urbanos 5.3) Escolha de assessores 5.4) Conseqüências 5.4.1) Submissão do Parlamento (deveriam apenas votar, não trair o partido e não faltar as reuniões) Estados Unidos. 1-) Caucus já existia 2-) Andrew Jackson (era Jackson) surgiu o Sistema de despojos (perseguições e expurgos de elementos de governos anteriores). 3-) Sistema eleitoral vigente hoje através das eleições do delegados.
Chefes Políticos 1-) Empresário capitalista que financiava parte das eleições 2-) Alianças inclusive com magnatas financeiros 3-) Buscava o poder pelo poder e o poder como fonte de dinheiro 4-) Vendia cargos, era discreto 5-) Aspirava o cargo apenas de Senador. Alemanha
1-) A exemplo dos estados Unidos o parlamento não tinha poder 2-) Importância do Funcionalismo (cargos e gabinetes) 3-) Entre os partidos, os dois mais importantes não queria fazer parte do Sistema, pois eram baseados em princípios 4-) Surgimento dos partidos sem base sem alma 5-) De um lado Democracia + Liderança + Máquina do outro Democracia sem líder com políticos profissionais sem vocação e carisma.
ALEX GONÇALVES RODRIGUES ANA PAULA SILVA ALVES ARIANA APARECIDA REZENDE DARIEL DE CARVALHO JOSÉ RODRIGUES DE ANDRADE FILHO
MAGIC TOYS
Trabalho apresentado à Universidade de Uberaba como parte das exigências à conclusão da disciplina de Fundamentos de Marketing e Economia do 2º período do Curso de Comunicação Social, sob a orientação da professora Fabiana Oliva Silveira.
Missão “Promover a educação e o crescimento intelectual das crianças”.
Visão “Tornar uma empresa de referência local e nacional, crescendo numa perspectiva de inovar e ajudar as crianças a aprenderem brincando”.
A empresa A empresa surgia da observação das necessidades que os pais têm de encontrar brinquedos que prendam a atenção de seus filhos e ao mesmo tempo proporcione algum tipo de conhecimento. Segundo Márcia Correia (2008) o brinquedo tem um papel importante na formação de uma pessoa: Em muitas escolas é comum a utilização de brinquedos no processo pedagógico das crianças. Para alguns professores o ato de brincar é coisa séria e pode ser uma ferramenta para ensinar números, noções de geometria, letras do alfabeto... Para outros, o brinquedo não deve ter a função de educar, mas sim divertir e trazer um momento lúdico para a criançada – fora isso, deixa de ser brinquedo. Nossos principais produtos são brinquedos educacionais, ajudando os pequenos a desenvolverem o imaginário das crianças. Ajudam na construção de um mundo de faz de conta, desenvolvendo assim algumas capacidades como o desenvolvimento do nível cognitivo, psicomotor e emocional. Os brinquedos contribuem para o aprendizado didático, como os conceitos de cor e forma. Além de ensina-los a lidar com frustrações, disputa, saber perder e vencer. O público principal são crianças de zero a dez anos de idade. Cada faixa etária existe brinquedos indicados. A psicopedagoga Carmen, explica que o brinquedo deve se adequar às faixas etárias. “De zero a nove meses, a criança pode brincar com móbiles, chocalhos, brinquedos para o banho. De nove a 12 meses, os brinquedos devem estimular a coordenação motora, além de texturas, formas e tamanhos variados. Já de um a três anos, a criança está mais curiosa, é adequado oferecer jogos com peças de montar e blocos de encaixe”, orienta. Carmen completa que dos três aos cinco anos, os pequenos querem testar a força física, imitam os adultos; por isso, os brinquedos devem estimular a memória e o raciocínio, os jogos de visualização, como quebra-cabeça, são indicados. “Já dos nove aos 12 anos, as crianças começam a usar a tecnologia, videogames e praticam esportes”. Assim a Magic Toys está envolvida nesse processo de estimulo às crianças com a finalidade de ensinar brincando.
"Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido”. Charles Chaplin
Uma vez que trabalhos com o apoio ao desenvolvimento, educação de crianças e seu bem estarem a teoria Humanista se encaixa melhor no nosso perfil. Colocamos o ser humano como o ponto chave, levamos em consideração seus aspectos emocionais, sociais, a harmonia entre funcionário e organização para assim alcançarmos resultados positivos. Tanto para a empresa no aspecto de produção e crescimento, como para o colaborador no aspecto social e humano.
É inquestionável que a tecnologia faz parte do dia a dia das empresas e com a Magic Toys não é diferente, a tecnologia da informação influencia diretamente o funcionamento e na composição da empresa. Alguns autores já falam de um “imperativo tecnológico”. Na visão de Tavistock, a empresa passa a ser um sistema sociotécnico, onde interagem: um subsistema social (pessoas, com seus valores, habilidades e conhecimentos) e um subsistema tecnológico (composto por equipamentos e tarefas). Ao lado da preocupação com a tecnologia Magic Toys também se preocupar com o ambiente (contexto externo à empresa), tomando as devidas precauções para não degradar o meio ambiente.
É um conjunto complexo de condições e fatores genéricos e externos às empresas que, de alguma forma, interferem para tudo aquilo que ocorre internamente à empresa. É um ambiente repleto de variáveis influenciadoras e determinantes, observamos a seguir. Variáveis Tecnológicas: Com os avanços tecnológicos, a Magic toys procura se atualizar frente a seus maquinários para produção de seus brinquedos, através de compra de maquinas a base de troca com as antigas, assim promovendo uma maior competitividade, produção e uma melhor qualidade de seu produto. Na fabrica de brinquedos, também possuímos maquinas que fazem os trabalhos mais simples tais como: lixadeiras, serras, plainas, prensas e entre outras que ajudam na produção de nossos brinquedos. Existe um sistema voltado para o controle de estoque de brinquedos e o pagamento dos funcionários, mantendo assim um controle de informação da empresa sempre atualizado para eventuais consultas dos proprietários. Variáveis Políticas: Temos como referencia de política a educacional da empresa, que é a promoção e conscientização dos brinquedos educacionais em conjunto com as escolas que nos mostra as importâncias da formação de um individuo na infância. Promoção de projetos que façam uma melhor interação entre crianças de diferentes classes sociais e a doação de brinquedos para crianças carentes em creches, escolas e através do projeto recriando na melhor idade com os idosos. Variáveis Econômicas: Analisando os preços oferecidos pela concorrência, ou seja, pelas as outras empresas, inserimos nosso produto no mercado de forma justa e com um preço competitivo no mercado. Variedades do dólar não nos afeta diretamente, uma vez que nossa matéria prima é nacional. Observando qual a proporção de investimento por parte do consumidor para a obtenção de produtos que promova o lazer de forma criativa de suas crianças. Variáveis Legais: Trabalhando sempre em conjunto com órgãos regulamentadores que através de leis vigentes ampare legalmente a empresa de forma correta. Variáveis Sociais: O resgate de brincadeiras que envolvam a cultura local de acordo com as tradições culturais da região, a facilidade da aquisição dos produtos tanto por meios de vendas como também os financeiros de acordo com o orçamento familiar. Variáveis Demográficas: As condições de vida da população e a quantidade de crianças existente influenciam diretamente a venda de nossos produtos, uma vez que são voltados para o público infantil. Variáveis Ecológicas: Quando se refere à parte ecológica da empresa, observamos que a Magic Toys procura reutilizar seu próprio lixo gerado, tais como os restos de madeira são repassados para outros setores que utilizem a madeira. O plástico é reciclado e produzido brinquedos que tenham um valor mais acessível. Adquiri suas matérias primas de empresas ecologicamente corretas, por exemplo, madeira apenas de reflorestamento.
Trabalhamos com crianças de 0 a 10 anos, de ambos os sexos. De acordo com uma pesquisa elaborada entre 30 famílias de até 03 salários mínimos, com até 03 crianças por casa, chegamos nos seguintes resultados:
· Idade dos filhos? De 0 a 3 anos – 05 De 3 a 5 anos - 10 De 05 a 08 anos - 08 De 08 a 10 anos – 07
· Com qual freqüência você compra brinquedos? Toda semana – 02 famílias 01 vez por mês – 08 famílias Apenas em datas especiais – 17 famílias Quebrou comprou – 03 famílias
· Qual o valor médio gasto em um brinquedo? (valores expressos em R$) Até 10 – 08 famílias De 10 a 20 – 10 famílias De 20 a 30 – 7 famílias De 30 a 50 – 03 famílias Mais de 50 – 02 famílias
· Ao comprar um brinquedo qual a sua preferência? Plástico – 15 famílias Madeira – 5 famílias Borracha – 7 famílias Pano – 3 famílias
· Já comprou algum brinquedo educacional? Sim – 12 famílias Não – 18 famílias
· Você brinca com seu filho Sim – 10 famílias Não – 08 famílias Às vezes – 12 famílias
· Você prefere presentear uma criança com brinquedos eletrônicos ou com jogos mais simples? Depende da idade – 04 famílias Tanto faz. Acho que os dois são educativos – 6 famílias Os mais simples porque estimulam a imaginação – 05 famílias Os eletrônicos, porque estamos na era da tecnologia – 15 famílias
· Com quem fica(m) o(s) seu(s) filhos? Com os avôs – 09 famílias Com a empregada – 04 famílias Com o pai – 02 famílias Com a mãe - 12 Outros – 03 famílias
· Estado Civil dos pais? Casados – 12 famílias Separados – 08 famílias Amasiados – 07 famílias Solteiros – 3 pessoas
Diretos: Lojas on-line (www.didako.com.br, www.lojaapoio.com.br, www.catapreco.com.br e outros). E nos Shoppings de Uberaba e região. Indiretos: Lojas que além de trabalhar com brinquedos educativos, também trabalha com brinquedos normais, as lojas são: Magazine Luiza, Wal-Mart, Carrefour, Casas Bahia, Lojas Americanas, Supermercado Bretas, Têxtil Abril e outras. Órgãos regulamentadores
Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, normalização e qualidade industrial, o Inmetro, que no âmbito de sua ampla missão institucional, objetiva fortalecer as empresas nacionais, aumentando o seu lucro por meio de uma aparente proteção ao direito do consumidor, mas usando os mecanismos destinados à melhoria da qualidade de produtos disponíveis. Procon - Programa estadual de rotação ao consumidor - Atende ao consumidor da melhor forma possível, para garantir a qualidade de seus produtos ao comprar com mais segurança. PMU - Prefeitura Municipal de Uberaba - Toda empresa para garantir sua tranqüilidade onde esta situada, para que venha garantir uma boa identidade visa a Empresa procurar a Prefeitura de sua cidade. Corpo de Bombeiros - Quando uma empresa trabalha com fabricação de qualquer tipo de produto, como a nossa empresa que trabalha com a fabricação de brinquedos, com equipamentos de risco, maquinas e outros materiais sempre precisaram de um órgão regulamentador como o Corpo de Bombeiros. Ministério da Educação – Uma vez que trabalhamos com brinquedos educativos temos como órgão regulamentador o Ministério da Educação, pois esse órgão avalia e verifica se os brinquedos são realmente de boa qualidade e que não apresentam problemas que pode afetar a criança que tenha contato com nossos brinquedos. Abral - Associação Brasileira de Licenciamento é uma associação que visa congregar todas as partes que trabalham, direta ou indiretamente, com o licenciamento de Marcas e outras formas de licenciamento. IQB – Instituto de Qualidade do Brinquedo. Atua junto ao Inmetro na certificação dos brinquedos.
A Magic Toys além de oferecer brinquedos de qualidade e educacionais, não deixa de se preocupar também com a origem de sua matéria prima. Todos os produtos são atóxicos, como a cola e a tinta. A madeira adquirida vem de florestas renováveis, assim de posse desse certificado, garantimos aos pais e as crianças que não basta oferecer produtos ecologicamente corretos, mas que devemos ter uma postura séria em relação a todos os envolvidos no processo. Nossas embalagens são feitas de papel reciclado que em sua composição possui sementes de diversas plantas, flores e até mesmo legumes. Esse tipo de papel é 100% biodegradável, foi desenvolvido pela Ong Papel Solidário. Assim ao receber um brinquedo em casa, a criança terá como tarefa, aprender brincando e ajudar a natureza a se auto-reflorestar, plantando assim vidas. Usando esse tipo de material contribuímos não só com a mão de obra e geração de renda para muitas pessoas, mas reduzimos também a emissão de carbono na atmosfera. Plano de Marketing
São mais de quinhentos brinquedos à disposição, feitos com madeira de reflorestamento, borracha, pano ou plástico. Destinado a crianças de zero a dez anos de idade, que aliam brincadeira à educação. Os brinquedos despertam nas crianças alguma aprendizagem, seja a coordenação motora, o desenvolvimento da memória através formas, números e cores. Nosso diferencial é que criamos brinquedos que permitam aliar a brincadeira com o aprender, porque acreditamos que diversão e aprendizagem podem caminhar juntas. Preço
Utilizando de mão de obra de presos conseguimos diminuir os custos e oferecer ao cliente final um preço mais acessível se comprado com nossos concorrentes. Pois a maioria dos brinquedos educativos oferecidos no mercado tem o preço elevado. Os valores dos nossos brinquedos são variados, depende do modelo, da categoria, do nível educacional do brinquedo e do peso. Mas com o valor a baixo do mercado. Um exemplo: Cubo
Nível: 3 Desafio: Ordenar os 27 cubinhos interligados entre si, de modo a formar um cubo de ordem 03, com determinado posicionamento de cores. Categoria: Seqüencial Dimensões: ( 7 X 7 X 7) cm cúbico Peso: 270 gramas Preço: R$25,00 O nível é a forma de mostrar a dificuldade do brinquedo , o desafio é uma maneira de dar inicio ao jogo, a explicação do modo de brincar de cada brinquedo e a categoria é o seu papel no desenvolvimento do conhecimento do brinquedo. O preço é o que sugerimos para dar maior satisfação ao consumidor. Estratégias de comunicação e promocionais
A Ideia Livre como agência publicitária contratada pela Magic Toys elaborou, diante das necessidades de comunicação da mesma, um plano de ação, estratégias de comunicação, buscando assim, consolidar a marca no mercado bem como difundir a filosofia e práticas sociais que a empresa desempenha na sociedade construindo, de acordo com sua identidade, a imagem de uma empresa que se preocupa com a educação no âmbito social e intelectual e empenhada na construção de uma sociedade mais justa e humana. Para atingirmos esse objetivo propomos: • Criação da logomarca da empresa • Criação da identidade visual da empresa (Cartões de visitas, pastas, envelopes, sacolas, embalagens, uniformes, fachadas, camisetas, etc.)
• Criação de anúncios de meia página de caráter institucional e mercadológico para veiculação nos dois principais jornais de circulação diária na cidade. • Criação de panfletos de caráter mercadológico. A panfletagem terá as instituições de ensino e eventos organizados pela Magic Toys, como alvo principal. • Criação de outdoors que serão colocados em pontos estratégicos tendo como alvo principal as mães e as crianças. • Catálogo de produtos e cartilhas explicativas com as funcionalidades dos produtos oferecidos e suas indicações etárias. • Criação de mascotes para a empresa. Serão 4 (quatro personagens) intitulados de “ A tuminha Magic Toys” que estarão inseridos nos anúncios e Vt’s. Esses personagens também serão utilizados em outras ações com um casting contratado ou mesmo funcionários caracterizados como os personagens criados. • Cartilha educativa com a “Turminha Magic Toys” para distribuição gratuita entre o publico infantil. • Criação de Vt’s: Criação de Vt’s de 30’’ que serão inseridos em intervalos de programas como Ana Maria Braga e Vale a Pena Ver de novo e Novela das Seis que terão como alvo principal as mães. Nos intervalos da TV Globinho e Sessão da Tarde com o objetivo de alcançar o público infantil e no intervalo dos jornais e noticiários como o MGTV com o objetivo de atingir os pais. Como o poder de decisão são das Mães e crianças as inserções serão 40% direcionadas às mães, 40% direcionadas às crianças e 20% aos Pais. Nesses Vt’s e até mesmo em alguns anúncios serão usados como garotos propaganda pessoas mais idosas no intuito de transmitir confiança e seriedade ao público alvo despertando assim o interesse pela compra do produto. • Criação de um jingle inseridos nos Vt’s bem como em outras ações de comunicação. • Projetos pedagógicos: Criação de concursos com professores com o objetivo de descobrir novas formas de utilização dos brinquedos. • Ações em escolas englobando os pais, alunos e professores visando levar ao conhecimento destes os produtos oferecidos pela Magic Toys com panfletagem e distribuição de cartilhas. • Criação de ações promocionais tendo como prêmio um percentual de desconto na compra de um produto novo para a arrecadação de brinquedos usados que serão doados para instituições que cuidam de menores carentes.
A Magic Toys quer despertar nas pessoas, a consciência de que somos responsáveis pelo meio ao qual estamos inseridos. Para tornar esse ambiente agradável e seguro, basta acreditarmos na força de nossos sonhos. Acreditar que somos capazes e co-autores de novas histórias. Assim a magia se faz a partir da crença. Não há ser humano que não possua um sonho. Mas é preciso dar oportunidades para que esse sonho se torne real. A maneira encontrada por nós é darmos as mãos uns ao outros. Assim, somos mais fortes e invencíveis. Tornar possível o que para um só indivíduo pode ser inalcançável. A tarefa de empresas como a Magic Toys é despertar no ser “possuidor” da vida, sua força para o trabalho. Buscar inserir na sociedade, alguém que errou, que pagou pelo seu erro, mas que está disposto a se tornar transformador da história.
Sabemos que o Sistema Carcerário tem como meta, reeducar, e recuperar presos para reinserí-los na sociedade. O que vemos, no entanto, é a reincidência de inúmeros presos em delitos cada vez mais graves. Na região Sudeste o maior número é de furto e roubos. Acreditamos que a saída para esse tipo de atitude é inserir no cotidiano desses cidadãos, atividades profissionalizantes que o auxiliem a recuperar a auto-estima. Assim, podemos além de ajudá-lo na recuperação e no preenchimento de seu tempo, criar uma fonte de renda, que será a mola propulsora para ele e sua família, após o cumprimento da pena. "Não haverá desenvolvimento na personalidade do delinqüente sem condições materiais, de saúde ou proteção de seus direitos, bem como instrução escolar e profissional e assistência religiosa”.Segundo Danielle Magnabosco - acadêmica de Direito no Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB). O condenado não pode perder o contato com a sociedade, para qual se prepara gradativamente. A liberação sem o prévio preparo, como o tratamento re-educativo, e sem colaboração da sociedade na reinserção social do preso, é traumatizante e fator de delinqüência. O preso não só tem deveres a cumprir, mas é sujeito de direitos, que devem ser reconhecidos e amparados pelo Estado. O recluso não está fora do direito, pois se encontra numa relação jurídica em face do Estado, e exceto os direitos perdidos e limitados a sua condenação, sua condição jurídica é igual à das pessoas não condenadas. São direitos e deveres que derivam da sentença do condenado com relação à administração penitenciária – Código penal art.38.
Infelizmente no Brasil, chegar a 3ª idade é um sinônimo de ociosidade. Os cientistas afirmam que essa etapa começa aos 65 anos, mas por aqui a partir dos 45 muitas pessoas encontram as portas do mercado de trabalho fachadas. As pessoas sentem-se que após a criação dos filhos, homem e mulher já cumpriram suas metas, e que assim não são mais produtivas. Ao contrário do que acontece no Brasil, os brasileiros que chegam à terceira idade nos Estados Unidos, se sentem mais úteis. As leis que defendem esta categoria da vida fazem com que uma pessoa passe sua idade idosa gozando de respeito e oportunidades. Assim construímos na vida dessas pessoas, uma ociosidade capaz de leva-los a depressão e tantos outros problemas advindos do tempo livre. Pois quem teve a vida toda de trabalho, dificilmente consegue se adaptar a essa nova realidade. Estudos comprovam que com o passar dos anos não há nenhum tipo de decréscimo na inteligência das pessoas, na sua maturidade ou na capacidade de absorver novas atividades. Assim, ter em mente que o idoso é uma figura de chapéu ou boné, sentado na praça, ou assistindo a tv o dia todo, é ignorar as potencialidades dessa parcela da população. Segundo a psicóloga Valéria Medina diz que “são inúmeros os benefícios em qualquer atividade, como dirigir um carro, praticar esportes, fazer ioga, andar de bicicleta, pintar, cantar, dançar, viajar ou participar de clubes e serviços voluntários ou político. O idoso necessita estar em movimento nessa fase da vida. Nossa proposta é incentivar as pessoas que estão à margem da sociedade (presos e idosos) a criarem brinquedos a partir de objetos e/ou restos de materiais presentes no nosso dia a dia, sem termos que extrair da natureza, já sofrida, matéria prima. Através de oficinas, que serão ministradas periodicamente, por profissionais capacitados, nos dois segmentos poderemos formá-los para a fabricação de peças artesanais que auxiliarão no aprendizado, de crianças de até 12 anos. Assim além de contribuirmos para o bem estar de todos, podemos oferecer à sociedade, alternativas de produtos a com um custo mais baixo, advindos de uma mão-de-obra mais barata, que produz brinquedos, motivados pela magia e crença em um futuro melhor. Esses idosos serão recrutados nas comunidades menos assistidas pela sociedade. Além do trabalho, receberão atendimentos básicos como aferição de pressão, um momento de ginástica e um baile a cada 02 meses. Em relação aos encarcerados, serão abertas contas bancárias em seu nome e parte do que for vendido de sua produção, será automaticamente depositada em sua conta, podendo ser resgatado após o término de sua sentença. Essa parceria deverá ser fiscalizada pelo Centro de Detenção e fiscais da Magic Toys. Convocaremos também suas famílias, para acompanharem as atividades desenvolvidas. Assim mostrará a todos, o interesse na recuperação do delito. Como prestação de contas à sociedade, publicaremos a cada trimestre um balanço mostrando o projeto e seus resultados. Todas as atividades envolvidas e as oportunidades que serão oferecidas ao mercado.
· Tornar a empresa conhecida no mercado local como socialmente responsável · Levar os pais a conhecerem os produtos e suas especificidades, principalmente educacionais. · Deixar as crianças “degustarem” dos produtos da loja · Mostrar os Projetos Sociais Plantando o futuro e Recriando na melhor idade · Conquista de novos parceiros e fornecedores. · Alavancar as vendas. · Conseguir brinquedos para serem doados em creches que deverão estar inseridas nas comunidades onde os idosos contribuem para o projeto.(ver obs no final). Periodicidade / local
· 01 vez por mês, em locais de maior concentração de crianças e pais consumidores.
Alex Gonçalves Rodrigues 5108426 Ana Paula Silva Alves 5026218 Ariana Aparecida 5108236 Dariel de Carvalho 5108555 Elisângela Veríssimo 5029152 José Rodrigues de Andrade Filho 5108607
Apresentação
Este trabalho é resultado de uma adaptação do conto dos anos 90, chamado “Viver outro vez”, de Márcio Barbosa. Foi gravado na Fazenda flafersflafers, município de Veríssimo, construída em 2 de Abril de 1929.
Conto Viver outra vez
Com o solzinho da tarde, ela entrou no apartamento. Sábado. - A entrevista, lembra? Olhou as roupas espalhadas, móveis empoeirados e ele desculpou-se: - Poucos vêm aqui. Achava que minha próxima visita seria a morte. Observou-a. Pequena, inquieta, mãozinhas curiosas nos discos e livros. Depois, pernas cruzadas - gravador ligado - murmurou, voz rouca: - O terreiro do bairro quer fazer um trabalho sobre memória. Ele, aborrecido negou depoimento. Tentava esquecer o passado - fantasma que se escondia sob a cama. - O senhor ajudou a fundar associações, a desmascarar a ideologia da falsa democracia racial - ela insistiu. Um dia fora professor. Mas ela não sabia que agora não era mais nada? Que, há algum tempo, o coração vinha ameaçando parar? - Minha filha, esqueça-se de mim. Com o esforço de levantar-se arregalou os olhos. Ela assustou-se: - Que foi? - Tonturas, já passa. Caiu, sem dizer mais nada.
Apavorada, ela procurou vizinhos, Um taxista veio. Gordo, dirigia com a barriga encostada ao volante. No pronto-socorro lotado, brigaram para serem atendidos. Um jovem médico os recebeu, perguntando: - Seu pai? È só pressão um pouco alta, Vocês da raça negra são muito sujeitos a ter hipertensão. Receitou maleato de enalapril e mandou-os embora. Na volta, no taxi, ela ouviu-o, voz trêmula de velho,, sussurrar “obrigado”. - Por fazer o senhor ficar nervoso – sorriu -, ir para o hospital? - Por se preocupar comigo. Sabe, já estou no fim... Ele olhou pela janela do carro. Viu crianças sem camisas jogando futebol nas ruas. - Só não pensei – continuou – que fosse terminar viúvo, sem filhos, aqui, neste bairro, que é quase outra cidade. Quem povoou Perdizes, Bela vista? A negrada. Minha família sempre morou lá. - Nasci aqui – ela afirmou. – É legal. Um pouco perigoso, ultimamente, Uns amigos morrendo por causa de drogas. Dezesseis dezessete anos. Não lhe parece que existe um plano para exterminar nosso povo? O que o tocou, quando ela ergueu o rosto e fitou-o? Os olhos úmidos? Quase menina, tão preocupada com sua gente. Queria dizer-lhe para não se iludir, mas a frase ficou presa dentro do peito, mesmo quando ela voltou outras vezes, depois do trabalho, para ver como estava. Um dia chegou, irou o walk-man, passou os dedos nos móveis e exclamou: - Tem tanto pó! - Foi acumulando com as decepções – ele brincou. No dia seguinte, de bermudas, coxas roliças à mostra, ela espanou, varreu. Não podia ver nada envelhecer? Pensava, com alegria de menina, em remoçá-lo? Num domingo, chegou com discos: -Racionais, conhece? Bom pra caramba. Ouviu e gostou. Parecia escutar a si mesmo nos versos dos raps, rapaz crescente revoltado nos cortiços do Bexiga, Mas o que a moça queria, enchendo o lugar com música, verificando se comida direito, arrumando as camisas no guarda-roupas? - Vê-lo recuperar-se – ela dizia. – Já está mais moço. Acreditava no poder de cura de mãos movidas por carinho, Deu-lhes as suas e levou-o a bares onde pagodeiros punham a alma para percutir os instrumentos. Dançou com ele, sob olhares curiosos, diferentes daqueles que os vizinhos lhes dirigiam, quando passavam nas ruas, mãos entrelaçadas. Ouvia-os dizer: Podia ser sua filha, que sem-vergonha. Ela nem ligava. O velho mais desiludido tornava-se o mais animado. O homem que ajudara seu povo a se organizar despertava, às vezes, no trovão da gargalhada. Mas num sábado, tristezas de outrora emergiram no poço dos olhos. Ao vislumbrá-las, fez de tudo para levá-lo à praia. Pularam sete ondas, destacando as coisas ruins que pesavam nos ombros. Gota de água em seus cabelos era minúsculos sóis. Deitadinhos na areia, contou a ele sobre o pai, disse que jamais o conhecera. Os olhos marejaram, uma sombra passou por seu rosto. Então, mudou de assunto e puxou-o para brincar na água. Voltaram da viagem à noite. Entraram no pequeno apartamento rindo de tudo, de nada. Dono ainda de olhos tristes, mais animados. Bateu-lhe no peito sem feri-lo. Acariciou sua carapinha... Depois, olhou-o durante um bom tempo e beijou sua boca sorridente, Idade pra ser o pai? - Sou virgem – ela murmurou. – Não posso engravidar. AS roupas ficaram no tapete, espalhadas. De mãos dadas na padaria, no mercado, ouviam os vizinhos: - É a sobrinha? – uns perguntavam. Amante. – outros diziam, baixinho. Ele ia receber a aposentadoria e ficava no ponto de ônibus meia hora. Enquanto outros reclamavam, permanecia impassível, dono de um segredo. É a concubina, - Parecia escutar alguém sussurrando. Sentia-se levar, até ser acometido por uma dorzinha besta no peito. No centro da sala, o homem sentado no sofá é uma pálida lembrança daquele que, outrora, acreditara na sua gente. Que fantasmas o acompanhariam ao cemitério? Ela assustou-se, ao vê-lo com as mãos sobre o peito. - Coração? - Um coração enfraquecido pelas desilusões. Por que não falava desses fantasmas? - Não confia em mim?Quer dizer que não sou nada? - O gravador – ele pediu, imediatamente após ouvi-la falar. Esperou-a tirar o Sony da bolsa e continuou: - No início do século, previa-se o desaparecimento da nossa, não digo raça, que só existe a raça humana. È melhor etnia. As elites brasileiras queriam um país sem negros e mulatos. Quando soube dessa idéia, a luz da revolta me iluminou, Uns amigos falaram-me sobre Zumbi, sobre quilombos, sobre união. Acreditei que a união fosse possível. Mas o sonho se desfez tão rápido! Os amigos se cansaram. O nosso povo? Desinteressado, apático, Não sei – enxugou lágrima – como não desapareceu. - O que vocês fizeram foi bonito. - São coisas que eu preciso esquecer. - Hoje os problemas são mesmos. Mas há pessoas jovens querendo aprender, como eu. Quero acreditar em algo. Nosso povo sobreviveu porque acreditou na vida. - É verdade. Parece que nós temos de adquirir uma força tão grande, parece que um amor pela vida se enraíza tão fundo dentro da gente, que nada nos abalada com facilidade, E se a gente cai, é pra levantar mais forte; se apanhamos, voltamos a brigar com mais garra; se choramos, também aprendemos a extrair, lá de dentro, uma gargalhada tão gostosa, que é como se toda a alegria do mundo coubesse me nosso peito. Somos negros e temos essa força. Isso é maravilhoso. Ela abraçou-o, beijou-o. Só então ele se deu conta de que falta com entusiasmo. Uma parte do sonho ainda vivia, Mas as dores no peito persistiram. Ela vinha mais vezes, preparava arroz integral, moderou no sal e tirou o açúcar branco. - A pinga com carqueja eu não jogo fora – ele protestou. Era para diabetes um amigo tinha ensinado. Ficara irritado com os excessos de cuidados, No fundo, sentia falta quando ela na vinha. A menina de uma geração tão diferente, com quem reaprendia a viver, A moça que acreditava nas coisas em que ele acreditara. Num domingo, sentido o relógio no peito se acelerar, disse-lhe: - Não vou ficar muito. Só lamento não ter tido filhos. Notou que ela ficou calda, pensativa, Escondia algo? Veio a na segunda-feira, Preocupada, tensa. Acusou-o de cerceá-la. Tensão pré-menstrual? Que havia? - Estou grávida – disse, por fim. – Não posso. Tenho estudos. Também não quero um filho pra crescer como eu, sem pai. Foi até a janela. Suas lágrimas rolavam como a chuva lá fora. - Um filho? – ele perguntou, incrédulo. – A soma do meu e do teu sonho. Olhe – pegou-lhe a mão pôs sobre seu próprio peito – parou de doer. Podemos criar esse filho, se você quiser. – Então abraçou-a e, com a voz embargada, soluçando,, falou: - Te amo. Quando eles passavam, grávidos, ouviam os vizinhos comentarem: É o filho – uns diziam. O neto – outros apostavam. - É o amor nos recriando – diziam um ao outro.
Adaptação do Conto Viver outra vez - Márcio Barbosa
CENA 01 – INTERIOR CASA/TARDE.
A CÃMERA MOSTAR O Sr. ALBERTO ESCRENDO EM SEU LIVRO.
LOCUÇÃO: HÁ NA LITERATURA INÚMERAS HISTÓRIAS DE AMOR. ALGUMAS TRÁGICAS E OUTRAS FELIZES. EM ALGUMAS PERCEBEMOS UMA SIMETRIA EM CADA PERSONAGEM, HÁ OUTRAS UMA DISPARIDADE QUE FAZ CRESCER EM NÓS PRECONCEITOS E TRAUMAS. É FATO QUE O AMOR TUDO PERDOA. MAS É FATO TAMBÉM QUE O AMOR SÓ NÃO PODE CALAR A VOZ DAQUELES QUE ATIRAM PEDRAS. SABE POR QUÊ? PORQUE LHES FALTA O AMOR PRINCIPAL, QUE É O AMOR A SI MESMO.
A CÂMERA MOSTRA O RELÓGIO QUE MARCA 17H. DESCE PELA PAREDE, MOSTRANDO O MÓVEL E A NUCA DO SR. ALBERTO. FOCALIZA-O DE LADO E EM UM ÂNGULO GERAL O PEGO DE LONGE SENTADO NO SOFÁ NA SALA PRINCIPAL. A CAMERA VAI ATÉ ELISA DO LADO DE FORA QUE BATE Á PORTA ESPERANDO SER ATENDIDA.
Sr. ALBERTO: JÁ VAI, JÁ VAI.
Sr. ALBERTO SE LEVANTA E ATENDE A PORTA. FICA COM ELA MIO ABERTA ESPERANDO QUE ELISA SE MANIFESTE.
ELISA: BOM DIA Sr. ALBERTO. ESPERO QUE NÃO ESTEJA ENCOMODANDO O Sr. A ENTREVISTA LEMBRA?
Sr. ALBERTO: AH SIM! SIM.
ELISA: SOU DO JORNAL DIA A DIA E ESCREVO PARA O CADERNO PESSOAS E FATOS. GOSTARIA DE CONVERSAR COM O Sr.
Sr. ALBERTO: CLARO, CLARO, ENTRE.
A CÂMERA MOSTRA ELISA E O Sr. ALBERTO NO HALL DE ENTRADA. ELES SE CUMPRIMENTAM NOVAMENTE.
Sr. ALBERTO: EU VIVO MUITO SÓ. POR ISSO ACHEI QUE A PRÓXIMA VISITA SERIA A MORTE. FIQUE À VONTADE, ENTRE.
A CÂMERA MOSTRA ELISA PEGANDO UM LIVRO NO SOFÁ, ENQUANTO O Sr. ALBERTO PASSA MAL ENCOSTADO-SE À PORTA.
ELISA; UM GRAND EHOMEM. Sr. ALBERTO. FALTAM-NOS HOMENS ASSIM
FOCALIZA-SE ELISA QUE VAI ATÉ O Sr. ALBERTO NA PORTA.
ELISA: Sr. ALBERTO, O Sr. PRECISA DE ALGUMA COISA?
ALBERTO: NÃO FILHA, É ASSIM MESMO, COM O TEMPO, A MÁQUINA VAI EMPERRANDO AS ENGRENAGENS ATÉ PARAR.
ELISA: QUE ISSO Sr. ALBERTO, O Sr. É MUITO JOVEM AINDA. TEM MUITO A ENSINAR PARA ESSA GENTE.
ELISA AJUDA O Sr. ABERTO A SENTAR-SE NO SOFÉ. ENQUANTO ELE SE RECUPERA
Sr. ALBERTO: SENTE-SE FIQUE À VONTADE. QUAL É MESMO O SEU NOME:
ELISA: ELISA Sr. ALBERTO
Sr. ALBERTO: ELISA, ELISA EU VOU À COZINHA FAZER UM CHÁ. VOCÊ ACEITA UM CHÁ? A JUVENTUDE NÃO BEBE CHÁ, BEBE REFRIGERANTE.
ELISA: SÓ UMA ÁGUA. UMA ÁGUA POR FAVOR.
Sr. ALBERTO: SÓ UM MINUTO ELISA POR FAVOR.
CENA 02 – INTERIOR CASA/TARDE.
Sr. ALBERTO SE DIRIGE ATÉ A COZINHA. PEGA UM COPO DE ALUMÍNIO E TENTA ENCHÊ-LO DE ÁGUA, QUANDO se SENTE MAL E CAI. ELISA OUVE O BARULHO E SE DIRIGE ATÉ A COZINHA.
ELISA: SR ALBERTO? Sr. ALBERTO ESTÁ TUDO BEM? MEU DEUS DO CÉU. Sr. ALBERTO O Sr. ESTÁ PASSANDO MAL? OQ EU ACONTECEU? DEIXA EU TE AJUDAR. MEU DEUS LEVANTA. MAS UM POUCO PRA CÁ, SENTE-SE AQUI.
ELISA COLOCA O Sr. ALBERTO SENTADO EM UMA CADEIRA ENQUANTO ELE TOSSE VÁRIAS VEZES.
Sr. ALBERTO: OS REMÉDIOS.
ELISA: QUAL REMÉDIO Sr. ALBERTO
Sr. ALBERTO: TRAS TODOS. TRÁS TODOS
ELISA: CALMA, QUAL REMÉDIO?
Sr. ALBERTO: ESS, ESSE. NÃO SE PREOCUPE É PORQUE PASSOU DAS HORAS DE TOMAR.
APÓS O DIÁLOGO E A IDENTIFICAÇÃO DO REMÉDIO, ELA ENCHE UM COPO DE ÁGUA E LEVA ATÉ O Sr. ALBERTO.
Sr. ALBERTO: ESSE CORAÇÃO JÁ NÃO BATE COMO DEVIA.
ELISA: O Sr. ESTÁ SE SENTIDNO MELHOR?
Sr. ALBERTO: SIM, SIM, JÁ VAI PASSAR MUITO OBRIGADO.
ELISA: DEIXE QUE EU PREPARO O CHÁ.
ELISA VAI ATÉ O FOGÃO, TIRA A PANELA DE CIMA, VAI ATÉ O ARMÁRIO, RETIRA O BULE, ENCHE-O DE ÁGUA E O COLOCA NO FOGO.
Sr. ALBERTO: VOCÊ VEM FAZER SUA ENTREVISTA E EU LHE DANDO TRABALHO COM AS MINHAS SUJEIRAS.
ELISA: IMAGINA Sr. ALBERTO. E O Sr. ESTÁ AQUI TODO ESSE TEMPO SOZINHO?
Sr. ALBERTO: SOMOS TODOS SÓS. HÁ MUITOS ANOS PREVIA-SE A NORTE NÇAO DIGO DA RAÇA, PORQUE RAÇA SÓ EXISTE A RAÇA HUMANA, DIGO ETNIA. SEMPRE FOI ASSIM. A GENTE SÓ SERVIA PRO TRABALHO. AS NEGRAS ERAM USADAS PELOS CORONEIS, ERAM BOAS PARIDEIRAS, MAS SÓ NASCIAM FILHOS DA ESCRAVIDÃO. NÃO MUDOU MUITO DAQUELES TEMPOS PRA CÁ. HOJE OS NEGROS SÃO AINDA DISCRIMINADOS. ALGUNS CRIAM O SEU PRÓPRIO PRECONCEITO.QUEREM SER RECONHECIDOS. NO MEU TEMPO, UM NEGRO NASCIA POBRE, MORRIA POBRE E O MÁXIMNO QUE TINHA ERA O SONHO DE SER FORRO. HOJE OS NEGROS ESTUDAM, CASAM COM BRANCAS, ELEGEM-SE A CARGOS POLÍTICOS. EU VIVI MUTIOS ANOS QUERENDO ENSINAR QUE BRANCOS E NEGROS SÃO IGUAIS. QUANTO A LIBERDADE, ESSE TÃO SONHADO PAR DE ASAS, AINDA ESTÁ LOGEN DE CHEGAR.
ELISA: LIBERDADE, O QUE É LIBERDADE PARA O SR, Sr. ALBERTO?
Sr. ALBERTO: LIBERDADO É POSSUIR A SI MESMO. USEI DA MINHA LIBERDADE PARA ENCONTRAR UMA BOA ESPOSA, UMA BOA MULHER. CASEI-ME E MINHA ESPOSA MORREU 10 ANOS DEPOIS. NÃO TIVEMOS FILHOS. POSSUÍAMOS UM AO OUTRO. HOJE POSSUO SOMENTE O TEMPO QUE ME RESTA A ESPERA DA MORTE. ESSA SIM POSSUI A TODOS. NINGUÉM ESCAPA DAS SUAS GARRAS. VOCÊ POSSUI A VIDA TODA ELISA, PODE FAZER O QUE QUISER AINDA. RESTA-LHE TEMPO.
A CÂMERA FOCALIZA O SR ALBERTO QUE SE LEVANTA E VAI EM DIREÇÃO A ELISA.
ELISA: O Sr. ESTÁ MELHOR?
Sr. ALBERTO: ESTOU. ESTOU MUITO MELHOR. VOU PEGAR AS XÍCARAS PARA O NOSSO CHÁ.
AMBOS ESTÃO SENTADOS À MESA TOMANDO O CHÁ.
ELISA: O Sr. TEM UMA HISTÓRIA DE VIDA MUITO BONITA Sr. ALBERTO. UMA PENA QUE EU ESTOU COM O TEMPO MUITO CORRIDO, MAS EU GOSTARIA DE VOLTAR MAIS VEZES, PARA CONVERSARMOS MAIS, PARA AJUDAR O Sr. NAS TAREFAS DA CAS SE O Sr. PRECISAR E PRA TOMAR OUTRO CHÁ TAMBÉM.
Sr. ALBERTO: AH CLARO MINHA FILHA. VOLTE QUANTAS VEZES QUISER. A SUA COMPANHIA FOI DE GRANDE CONFORTO PARA MIM, ME AJUDOU BASTANTE. APENAS TE PEÇO UMA COISA, POR FAVOR, NÃO DESITA DE BATER NA PORTA, PORQUE O VELHO AQUI ESTPA FICANDO UM POUCO SURDO E NÃO ESCUTA MUITO BEM.
ELISA: IMAGINA Sr. ALBERTO.
CENA 03 – INTERIOR CASA/TARDE
ELISA E Sr. ALBERTO SAEM DA COZINHA E DIRIGEM-SE ATÉ A SALA PRINCIPAL. APÓS SE DESPEDI DELA ELE VOLTA PARA O SOFÁ, SENTA-SE E TIRA O CHAPÉU.
ELISA: Sr. ALBERTO MUITO OBRIGADA, NÓS CONTINUAMOS AMANHÃ.
Sr. ALBERTO: POR NADA
ELISA: ÀS 9 HORAS ESTÁ BEM PRO Sr?
Sr. ALBERTO: CLARO, CLARO. PERFEITAMENTE.
ELISA: ESTAMOS COMBINADOS.
O Sr. ALBERTO ACOMPANHA ELISA ATÉ A PORTA
ELISA: ENTÃO ATÉ AMANHÃ
Sr. ALBERTO: ATÉ AMANHÃ
CENA 04 – INTERIOR CASA/MANHÃ
ELISA VARRE A CASA, LIMPA OS MÓVEIS, OLHA NA ESTANTE OS DISCOS DE VINIL, ENQUANTO O SR ALBERTO A OBSERVA SENTADO NO SOFÁ.
ELISA: COMO TEM POEIRA POR AQUI.
Sr. ALBERTO: FOI ACUMULANDO COM AS DECEPÇÕES DA VIDA ELISA
ELISA: PELO JEITO O SR GOSTA DE MÚSICA Sr. ALBERTO
Sr. ALBERTO: GOSTO, GOSTO BASTANTE.
ELISA: DE SAMBA INCLUSIVE.
Sr. ALBERTO: AH, JÁ FUI MUITO BOM DE BAILE BAILAVA NO SALÃO COMO UM VETERANO.
ELISA: TEM UM SAMBA LEGAL QUE EU QUERO MOSTRAR PARA O Sr.
Sr. ALBERTO: AH SIM
ELISA: O SR TEM TOCA CDS?
Sr. ALBERTO: TENHO, TENHO SIM, DENTRO DO ARMÁRIO. EU GANHEI ELE EM UM BINGO QUE TEVE ALI NA IGREJA, MAS NÃO ESCUTO CD, EU PREFIRO O VINIL SABE.
ELISA: SE O Sr. GOSTAR DA MINHA MÚSICA POSSO LHE DEIXAR VÁRIOS CDS PARA O Sr.
Sr. ALBERTO: QUE BOM
ELISA: VOU PRECISAR DE UMA TOMADA.
Sr. ALBERTO: ALI, ATRÁS ELISA, ATRÁS DA TV. E VC? DANÇA ELISA?
ELISA: EU GOSTO MUITO DE DANÇAR, MAS TENHO TRABALHADO TANTO Sr. ALBERTO, CONFESSO QUE NEM ME LEMBRO DA VEZ QUE DANCEI.
ELISA ESCOLHE EM SUA BOLSA OS CDS QUE TROUXE.
Sr. ALBERTO: AH JUVENTUDE. SE VOCÊ SOUBESSE O QUANTO É BOM DANÇAR. VOCÊS DANÇAM MUITO DIFERENTES, NA MINHA ÉPOCA, NÓS DANÇÁVAMOS DE DOIS EM DOIS. QUE SAUDADE.
ELISA: O Sr. VAI GOSTAR DESSA MÚSICA.
Sr. ALBERTO: E QUEM CANTA?
ELISA: SEU JORGE.
Sr. ALBERTO: SEU JORGE? QUE NOME ENGRAÇADO.
ELISA: UM BOM SAMBISTA.
Sr. ALBERTO: NA MINHA ÉPOCA EU GOSTAVA MUITO DE AGEPÊ. JÁ ESCUTOU.
ELISA: JÁ OUVI DIZER, MAS NÃO CONHEÇO.
Sr. ALBERTO: UM DIA EU COLOC PRA VOCÊ.
ELISA: COMBINADO. ELISA CONVERSA COM O Sr. ALBERTO, E ABRE AS JANELAS.
ELISA: VIU COMO O CLIMA ESTÁ MELHOR? ESSA CASA TAVA PRECISANDO DE UM POUCO DE LUZ E MÚSICA. DEPOIS QUE EU TERMINAR, VAMOS DAR UMA CAMINHADA NO QUARTEIRÃO PARA O Sr. RESPIRAR UM AR DIFERENTE.
CENA 05 – INTERIOR CASA/MANHÃ
ELISA LIMPA A ESTANTE, LAVA A LOUÇA. Sr. ALBERTO NA SALA LEVANTA LENTAMENTE E OS DOIS SAEM DA CASA. ELISA AMPARA O Sr. ALBERTO, ATÉ UM BANCO DE ALVENARIA EMBAIXO DA ÁRVORE.
ELISA: CAMINHA É MUITO BOM. FAZ BEM PARA A SAÚDE E PARA A CABEÇA.
Sr. ALBERTO: EU NÃO ERA TÃO SEDENTÁRIO ASSIM.
ELISA: NÓS VAMOS APROVEITAR O CLIOMA PARA LER UM POUCO, O QUE O Sr. ACHA?
Sr. ALBERTO: O QUE NÓS VAMOS LER HOJE?
ELISA: UM POUCO DE NELSON MANDELA
Sr. ALBERTO: QUE GRANDE HOMEME, AQUELE TEMPO DELE NA PRISÃO PARA SALVAR TODA AQULEA GENTE.
CENA 06 – INTERIOR CASA/TARDE
A CÂMERA MOSTRA Sr. ALBERTO E ELISA CONSERSANDO NA SALA. ELE LHE CONTA A SUA HISTÓRIA.
Sr. ALBERTO: TEMOS QUE TER AMOR PELA VIDA, FAZER COM QUE ELA SE ENRAIZE EM NÓS. CLARO QUE HÁ MUITO SOFRIMENTO. SE A GENTE CAI É PRA LEVANTAR MAIS FORTE, SE APANHAMOS, APRENDEMOS A EXTRAIR UMA GARGALHADA COMO SE NÃO COUBESSE NO PEITO. SOMOS NEGROS, E TEMOS ORGULHO DESSA FORÇA, TEMOS HISTÓRIA. TEMOS SANGUE NAS VEIAS.
ELISA: Sr. ALBERTO, O Sr. ESTÁ BEM?
Sr. ALBERTO: FOI SÓ EMOÇÃO. ESPERE, TENHO QUE LHE MOSTRAR ALGO.
Sr. ALBERTO AÍ ATÉ O QUARTO E TRAZ NAS MÃOS UM BAÚ. SENTA-SE AO LADO DE ELISA E MOSTRA-LHES AS FOTOGRAFIAS.
Sr. ALBERTO: OLHA ELISA QUANDO EU TINHA 18 ANOS.
ELISA: QUANTO TEMPO.
Sr. ALBERTO: ESSA FOI NO MEU BATIZADO. O MEU PADRINHO AUGUSTO. SANTO HOMEM. ESSA AQUI É MINHA FALECIDA ESPOSA. OLHA ERA LINDA. ESSA É MARAVILHOSA, EU DIA EU LHE CONTO ESSA HISTÓRIA. ESSA AQUI É OUTRA, É MAIS RECENTE. FOI LOGO ALI NA FESTA. VOCÊ GOSTA DE FLORES? OLHE.
NESSE MOMENTO A CÂMERA FOCA O OLHAR DIRETO NOS OLHOS DO Sr. ALBERTO À ELISA. INSTALA-SE ENTRE OS DOIS UM SILÊNCIO.
ELISA: Sr. ALBERTO, EU PRECISO IR. EU VOLTO AMANHÃ
Sr. ALBERTO: ESTÁ BEM. ESTÁ BEM, MAS VOLTE MESMO.
ELISA: COMBINADO
ELISA SAI DA SALA E O Sr. ALBERTO FICA ABRAÇADO AO BAÚ.
CENA 07 – EXTERIOR CASA/TARDE
O SR ALBERTO ESTÁ NA JANELA OLHANDO VÁRIAS VEZES PARA O RELÓGIO AGUARDANDO A CHEGADA DE ELISA. EM SEGUIDA FECHA A JANELA. ELISA VEM COM VÁRIAS SACOLAS NA MÃO CANTAROLANDO UMA CANÇÃO. DEIXA AS COMPRAS NO CHÃO, DESTRANCA A PORTA E ENTRA.
ELISA: Sr. ALBERTO? Sr. ALBERTO CHEGUEI. TROUXE UMAS COMPRINHAS, UMAS FRUTAS PARA O Sr.
Sr. ALBERTO: SIM, SIM. VOCÊ ESTÁ BEM?
ELISA: SIM E O Sr., COMO PASSOU DE ONTEM?
Sr. ALBERTO: MUITO BEM. EU VI QUE A DOROTY ESTAVA CONVERSANDO COM VOCÊ, O QUE ELA QUERIA?
ELISA: AH! A DOROTY RECOMENDOU LEMBRANÇAS.
Sr. ALBERTO: LEMBRANÇAS?
ELISA: SIM
Sr. ALBERTO: ELA NUNCA VEIO AQUI. NUNCA SE INTERESSOU EM SABER NENHUM DIA COMO EU ESTAVA. AH, ENFIM. TENHO UMA SUPRESA PRA VOCÊ.
ELISA: QUE MARAVILHA. O QUE É?
Sr. ALBERTO: SÓ UM MINUTO
O SR ALBERTO BUSCA UM CADERNO DE CAPA VERMELHA E ENTREGA A ELISA.
ELISA: O QUE É ISSO?
Sr. ALBERTO: SÃO AS MINHAS MEMÓRIAS. TODA A MINHA VIDA ESTÁ ESCRITA AQUI ELISA. ESTOU PERCEBENDO QUE PARA MIM NÃO RESTA MUITO TEMPO
ELISA: QUE BOBAGEM
Sr. ABERTO: POR FAVOR, ESCUTE. VOCÊ PODE USAR COMO QUISER, DA FORMA QUE QUISER, MAS SÓ ME PROMETA UMA COISA. VOCÊ SÓ VAI LER A ÚLTIMA PÁGINA QUANDO EU ME FOR.
ELISA: EU NÃO QUERO QUIE O Sr. FIQUE FALANDO ESSAS COISAS.
Sr. ALBERTO: ELISA, VOCÊ TEM MUITO TEMPO AINDA PELA FRENTE. VOCÊ PODE FAZER O QUE QUISER, APROVEITE. FOI MUITO BOM ESTE TEMPO EU VOCÊ ESTEVE AQUI EM CASA. TODAS AS SUAS PERGUNTAS, TODOS OS DIAS EU ME SENTI UM JOVEM. EU RETORNEI HÁ 30 ANOS ATRÁS ELISA, COM A SUA PRESENÇA. VOCÊ ME LEMBROU O CARINHO DE UYMA PESSOA MUITO ESPECIAL QUE SE FOI.
ELISA: EU VOU GUARDAR COM MUITO CARINHO. MAS NÓS TEMOS MUITA COISA PRA VIVER AINDA. EU TENHO MUITOS PLANOS. EU APRENDI MUITO, MAS AINDA TENHO MUITO PRA APRENDER COM O Sr.
Sr. ABERTO: MAS EU NÃO TENHO MUITO PRA TE ENSINAR. A SUA MATÉRIA VAI SER PUBLICADA.
ELISA: A MINHA MATÉRIA JÁ ESTÁ PRONTA Sr. ALBERTO.
Sr. ALBERTO: COMO ESTÁ PRONTA? PORQUE VOCÊ NÃO ME MOSTROU?
ELISA: PORQUE A PRINCÍPIO Sr. ALBERTO, MINHA MATÉRIA ERA O MOTIVO PARA EU ESTAR AQUI. EU TEMIA NÃO TER MAIS MOTIVO PARA FICAR NA SUA COMPANHIA. NÃO TER MAIS MOTIVO PARA CUIDAR DE VOCÊ. O QUE ESTÁ ACONTECENDO AGORA VAI MUITO ALÉM DO MEU TRABALHO.
Sr. ALBERTO: MINHA JOVEM.
Sr. ALBERTO E ELISA FICAM ABRAÇADOS NA COZINHA. CENA 08 – INTERIOR/ESCRITÓRIO JORNAL/MANHÃ
ELISA ESTÁ NO ESCRITÓRIO DO JORNAL LENDO OS NOTICIÁRIOS.
ELISA: CADERNO PESSOAS E FATOS ELISA BOM DIA. COMO ASSIM? AI MEU DEUS. QUANDO FOI ISSO? EU JÁ ESTOU INDO.
ELISA VIA ATÉ A CASA DO Sr. ALBERTO, NO GUARDA ROUPAS ESCOLHE UM TERNO, ABRAÇADA A ELE CHORA ENCOSTADA NA PORTA.
CENA 09 – INTERIOR/IGREJA TARDE.
ELISA ABRE O CADERNO DEIXADO PELO SR ALBERTO E LÊ O SEU TEXTO. SAI EM DIREÇÃO A RUA, DESDE AS ESCADAS SE SEGUE O SEU CAMINHO, QUANDO A CÂMERA AOS POUCOS SOBE ATÉ O AZUL DO CÉU.
Agradecimentos
Agradecemos a Helena Borges que nos fez refletir sobre a enorme responsabilidade, em passar para imagens as palavras, dando a pessoas que não sabem ler, a possibilidade de verem o quanto somos ricos nas coisas mais simples. A Valéria, que cedeu-nos o espaço da fazenda e o seu escritório na Loja Galeria dos Presentes, para a gravação desse curta. Ao Bruno que embora não faça parte desse curso, ajudou-nos a montar os espaços para as filmagens, bem como os caseiros que gentilmente nos cederam sua cozinha. A Marlene e as crianças que mesmo não aparecendo no vídeo puderam colaborar com o nosso trabalho. Não poderíamos deixar de lado o nosso amigo Diógenes, que não só acreditou na idéia, mas vestiu a camisa, o colete, colocou a mochila nas costas e pegou estrada com a gente.